quarta-feira, 22 de julho de 2015

O QUE É GEOPOLÍTICA? E GEOGRAFIA POLÍTICA?
É freqüente a confusão entre geografia política e geopolítica, que na verdade são formações discursivas ou saberes imbricados, se sobrepoem em grande parte, mas não se identificam totalmente. Existe uma história de cada um desses saberes que mostra suas origens, suas especificidades, embora em alguns momentos eles tenham se mesclado, se identificado.

A expressão geografia política existe há séculos. Há inúmeros livros dos séculos XVII, XVIII e XIX com esse título. Mas considera-se que geografia política moderna, pelo menos tal como a entendemos hoje -- isto é, como um estudo geográfico da política, ou como o estudo das relações entre espaço e poder -- nasceu com a obra Politische Geographie [Geografia Política], de Friedrich RATZEL, publicada em 1897. Ratzel, na verdade, não criou o rótulo "geografia política"; ela apenas redefiniu o seu conteúdo, apontando para o que seria um verdadeiro estudo geográfico da política, fazendo uso de uma concepção de política que muito deve à leitura de Maquiavel. Antes dele era comum encontrar em obras com esse título a descrição dos rios ou montanhas de tal ou qual Estado - ou seja, qualquer fenômeno ligado ao Estado (o ser político por excelência) era tido como assunto de geografia política. Ratzel mostrou que o estudo da geografia política só vai se preocupar com o meio ambiente - as características "naturais" do território, por exemplo (localização, formato, proximidade do mar, etc.) - desde que isso tenha relações com a vida política, com as relações de poder entre Estados ou dentro de uma sociedade nacional. Ele procurou estabelecer uma série de temas pertinentes à geografia política, que continuam a ser atuais (embora outros tenham surgido posteriormente): o que é o Estado e quais as suas relações com o território, soberania e território, o que é política territorial (uma expressão criada por ele), a questão das fronteiras, o que significa uma grande potência mundial, etc.

domingo, 18 de abril de 2010

Bric pede maior presença nas decisões mundiais

Os líderes do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) alertaram ontem, no documento final de seu segundo encontro, que a recuperação da economia mundial ainda não está "sólida" e continua vulnerável a "incertezas". Com base na convicção de que boa parte da retomada de crescimento desde o fim de 2009 se deveu a sua própria atuação, o Bric advertiu para a necessidade de preservação da agenda de reformas já decidida no âmbito do G-20 (grupo das maiores economias) e reivindicou uma presença mais consistente nas decisões mundiais.

AE(Agência Estado)

Os líderes do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) alertaram ontem, no documento final de seu segundo encontro, que a recuperação da economia mundial ainda não está "sólida" e continua vulnerável a "incertezas". Com base na convicção de que boa parte da retomada de crescimento desde o fim de 2009 se deveu a sua própria atuação, o Bric advertiu para a necessidade de preservação da agenda de reformas já decidida no âmbito do G-20 (grupo das maiores economias) e reivindicou uma presença mais consistente nas decisões mundiais. "Nós reconhecemos que os fundamentos da recuperação econômica mundial não estão ainda sólidos e que há incertezas remanescentes", ressaltaram os líderes do Bric no comunicado conjunto que encerrou a reunião de cúpula de ontem. "Nós apelamos a todos os Estados para fortalecerem a cooperação macroeconômica, recuperarem conjuntamente a segurança da economia global e perseguirem um forte, sustentável e equilibrado crescimento." No documento, os membros do Bric se comprometem a manter os esforços nacionais que tornaram possível a recuperação de suas economias, em especial para impulsionar seus mercados domésticos. Também reiteraram medidas que adotaram, como a preservação de altos níveis de reservas e a expansão continuada das exportações, e indicaram a intenção de prosseguir nas negociações sobre o mecanismo de comércio em moedas locais - o mesmo operado perifericamente pelo Brasil e a Argentina. Câmbio. Em nenhum momento, entretanto, o texto faz referência a uma questão que, do ponto de vista dos Estados Unidos e de outros países, traz vulnerabilidade aos mercados - a política chinesa de câmbio desvalorizado. Aparentemente, o tema não chegou a ser tocado na reunião. O recado do Bric foi claro aos países que pretendem diluir os compromissos de reformas e medidas mais severas para o sistema financeiro mundial firmado no âmbito do G-20 durante o auge da crise econômica, no ano passado. Nesse contexto, foi mencionada a contrariedade dos membros do Bric com a tese da "autorregulação natural dos mercados financeiros". Conforme assinalou o embaixador Roberto Jaguaribe, subsecretário de Assuntos Políticos do Itamaraty, o documento alerta para a necessidade de esforços para que os planos traçados sejam mantidos na agenda internacional. "Os entusiastas de ontem são os cautelosos de hoje." Na declaração conjunta, os líderes do Bric insistem na reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird), que resulte no maior poder de voto das economias emergentes e em desenvolvimento. O texto indica o otimismo dos países em ver a mudança nas cotas do FMI efetivada em novembro deste ano, e nas do Bird, na reunião de Primavera de ambas as instituições, no fim deste mês. Mas, no caso da reforma do Conselho de Segurança da ONU, a posição da China impediu qualquer menção de apoio ao ingresso do Brasil e da Índia como membros permanentes. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

ELEIÇÕES 2010 (coluna de Ricardo Kotscho no IG)

Em três semanas de notícias favoráveis, desde a pesquisa anterior, no período em que fez o lançamento oficial da sua campanha com uma megafesta em Brasília, o tucano José Serra abriu mais um ponto de vantagem sobre a petista Dilma Roussef no Datafolha divulgado neste sábado: agora, o ex-governador paulista lidera a corrida presidencial com 38%, contra 28% da candidata do governo. É neste patamar que a campanha agora começa para valer.

O fato novo desta pesquisa é que pela primeira vez a verde Marina Silva (10%) aparece na frente de Ciro Gomes (9%), cada vez mais enfraquecido dentro do seu próprio partido, o PSB _ um dado que reforça o caráter plebiscitário destas eleições polarizadas pela disputa acirrada entre PT e PSDB, como já aconteceu nas últimas quatro campanhas presidenciais, desde 1994.

Daqui a dez dias, quando a direção do PSB se reúne para definir o destino de Ciro Gomes, com a sua mais do que provável saída do páreo, teremos um quadro eleitoral praticamente definido, com Marina correndo por fora, não se sabe até onde, em busca de quem não quer mais PT nem PSDB, ao lado de uma penca de candidatos nanicos absolutamente inexpressivos.

Serra não só sai na frente, com uma confortável vantagem, mas mostrou até agora uma estratégia de campanha serena, que vem dando certo, com as decisões centralizadas nas suas mãos e nas de seu fiel marqueteiro Luiz Gonzalez, deixando em segundo plano as lideranças partidárias da aliança PSDB-DEM-PPS.

A começar pelo competente discurso de Brasília, o tucano é um curioso candidato de oposição que não faz oposição ao presidente Lula _ ao contrário, até elogia seu governo sempre que pode. Em entrevistas a rádios paulistanas amigas e breves incursões pelas ruas de Salvador e Maceió, limitou-se a falar do futuro, com o bordão “O Brasil pode mais”, e a bater de leve em Dilma, que ele já chegou a comparar com o falecido prefeito Celso Pitta, eleito por Paulo Maluf.

De outro lado, Dilma não foi feliz nos seus primeiros dias de campanha solo, entrando sem precisar em bolas divididas em Minas Gerais e no Ceará, tendo a toda hora que explicar declarações feitas no dia anterior, o que é altamente desgastante.

Ao contrário de Serra, que segue apenas as orientações de Gonzalez, está se formando um comando de campanha cada vez mais inchado a guiar os passos de Dilma, em todas as áreas, sem que até agora se perceba claramente qual será sua estratégia daqui para a frente, além de garantir que dará continuidade às conquistas do governo Lula.

Lula, aliás, só chegou à vitória em 2002, após três tentativas frustradas, quando pegou as rédeas da campanha nas mãos, desde o início, escalou o time que queria, definiu as alianças e deu o norte para todos.

Diante destes contrastes nos lances iniciais da campanha, até que o novo Datafolha apresenta também indicadores favoráveis à candidata do PT, como os números da pesquisa espontânea, em que ela aparece um ponto à frente de Serra (13 a 12), mas podendo acrescentar também os 7% que votariam em Lula, além dos 3% que declararam voto no “candidato do Lula”. Daria 23 a 12 para Dilma na espontânea, uma diferença maior a seu favor do que para Serra na pesquisa induzida.

Em sua análise publicada pela Folha, o colunista Josias de Souza chama a atenção para o que ele qualifica como “dado periférico da pesquisa”, que poderá fazer toda a diferença quando a fase decisiva da campanha começar na televisão, em agosto, após a Copa do Mundo:

“O Datafolha informa, desde dezembro, que há na praça algo como 14% de eleitores que reunem três características básicas. Declaram que, com certeza, votariam no candidato apoiado por Lula. Não são, ainda eleitores de Dilma. Nem sabem que ela é candidata. O grosso deste eleitorado está assentado no Nordeste. É gente pobre, com pouco ou nenhum acesso à informação”.

Donde o analista chega à seguinte conclusão:

“Pois bem, suponha-se que esses eleitores, ao tomar conhecimento da existência de Dilma, optem por votar nela. A candidata de Lula vai a 42%. Foi precisamente com esse percentual de votos (42%) que Lula prevaleceu sobre Serra no segundo turno de 2002″.

Claro que a esta altura cada campanha pode jogar com os números que lhe forem mais favoráveis, e o PT poderá optar pela polêmica pesquisa Sensus divulgada na última terça-feira, em que Serra e Dilma aparecem empatados: 32,7% e 32,4%, respectivamente.

O jogo está só começando e a cada semana daqui para a frente teremos novas pesquisas fazendo balançar a gangorra eleitoral. Os números de agora não definem nada, mas poderiam servir para que os candidatos e seus comandos de campanha corrijam rumos, acertem os discursos e errem menos. Uma eleição também se ganha, como já vimos tantas vezes, jogando no erro do adversário, mais do que nos próprios trunfos.

Na próxima semana, provavelmente na quarta-feira, o Ibope deverá divulgar nova pesquisa presidencial, desta vez encomendada pela Associação Comercial de São Paulo. Até lá, todos terão tempo para entender melhor o que dizem os números do Datafolha publicados hoje no jornal.

Com a palavra, os leitores do Balaio. Façam suas apostas.

Em tempo: um outro dado importante desta pesquisa, que escapou até aos editores do jornal, foi revelada hoje pelo diretor do Datafolha, Mauro Paulino, em entrevista à rádio Jovem Pan: na pesquisa espontânea, quando não é apresentada a lista de candidatos, 54% dos eleitores responderam que ainda não sabem em quem vão votar. Ou seja, quase metade dos brasileiros ainda não se ligou na campanha eleitoral. Diante disto, qualquer conclusão que se tire das pesquisas neste momento não passa de chute ou de torcida.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Estudo mostra que grandes deltas de rios estão afundando.

Deltas de rios no mundo podem estar cada vez mais vulneráveis à atividade humana, concluiu um estudo liderado pela Universidade do Colorado, em Boulder (EUA). 85% dos deltas existentes passaram por severas enchentes recentemente.



Em 2007, o Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças Climáticas já havia concluído que deltas de rios estão ameaçados em razão das projeções do aumento do nível do mar. A consequência direta seria grandes inundações colocando em risco cerca de 500 milhões de pessoas que hoje, vivem próximas à foz de rios. Entretanto, o novo estudo indica que outros fatores estão contribuindo para afundar de maneira significativa deltas de rios no planeta, além das alterações climáticas globais.

Foz de rios na Ásia e na Índia estão sofrendo ações diretas de sedimentos depositados de reservatórios e barragens, causados pela extração de água subterrânea e gás natural.

O estudo que 24 de 33 grandes deltas no mundo tiveram graves inundações nos últimos anos, resultado do depósito de aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados de terra.

Autores do estudo alertam que a inundação de deltas no mundo poderia aumentar em 50% as atuais projeções do aumento do nível do mar em cerca de 18 cm até o final do século.

A inundação irá aumentar caso os sedimentos por barragens e outros projetos de desvio de água persistir, diz o estudo. "Este estudo mostra que há uma série de fatores induzidos pelo homem, que já causa a inundação de deltas muito mais rapidamente do que poderia ser explicado pelo nível do mar sozinho”, afirma Albert Kettner, co-autor do estudo.

O trabalho foi publicado neste domingo (20) pela revista Nature Geoscience.

Foto: Imagem capturada pelo ônibus espacial Endeavour mostra o delta do rio Pearl, na China, com as áreas abaixo do nível do mar destacadas na cor púrpura. Crédito: NASA, CSDMS, University of Colorado.


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

CAMADA DE OZÔNIO

O buraco da camada de ozônio sobre o oceano antártico (na imagem, com a cor azul escura) deve ser menor em 2 milhões de km² em relação a 2008














16 de setembro de 2009
Foto: Nasa/Divulgação

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) indicou nesta quarta-feira que o buraco da camada de ozônio sobre o oceano antártico deve ser menor em 2 milhões de km² em relação a 2008. "As condições meteorológicas observadas indicam que, em 2009, o buraco da camada de ozônio pode ser menor do que era em 2006 e 2008 e igual ao de 2007 (ou seja, 25 milhões de km2)", destacou a agência da ONU em um comunicado.

O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida foi descoberto em 1980. Ele se forma regularmente a partir de agosto e alcança seu tamanho máximo no fim de setembro ou início de outubro, antes de se fechar novamente em meados de dezembro. "Este ano, o buraco começou a se abrir antes do habitual", segundo o especialista em ozônio da OMM Geir Braathen. Em 16 de setembro tinha 24 milhões de km2.

Segundo os cientistas, os danos causados pelo homem são tantos que a camada de ozônio só pode recuperar seu estado normal em 2075. O ozônio protege a Terra dos raios ultravioletas do sol, que podem provocar queimaduras, lesões oculares e câncer de pele.

Os principais responsáveis do buraco na camada de ozônio, os gases clorofluorocarbonetos (CFC) - que eram utilizados como refrigerantes e gás propulsor de aerosóis - foram proscritos pelo Protocolo de Montreal de 1987, mas podem permanecer na atmosfera durante muitos anos.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E URBANA

Clima e Degradação Ambiental Urbana

Desde quando o Homem começou a conviver em grandes comunidades, ele alterou a natureza de forma a assegurar a própria sobrevivência e lhe proporcionar conforto. A agricultura, a pecuária e a construção de cidades etc. modificam diretamente a natureza. Assim transformando características geográficas como vegetação, permeabilidade do solo, absortividade e refletividade da superfície terrestre, além alterar as características do solo, ar atmosférico e das águas, tanto pluviais, fluviais como subterrâneas.

Degradação Ambiental

A alteração do espaço preexistente para a habitação humana, na criação de cidades e grandes metrópoles, causa variação climática de diversas formas. As grandes cidades e metrópoles possuem diferenças climáticas fundamentais das áreas de campo próximas. As temperaturas de verão e inverno são maiores, a umidade relativa é menor, a quantidade de poluentes no ar é muitas vezes maior, a quantidade de nuvens e nevoeiro e as precipitações são maiores que em áreas de campo próximas, já a velocidade dos ventos e radiação diminuem. Sendo assim pode-se concluir que as modificações no ambiente para a instalação de cidades densamente povoadas causam alterações no clima e na qualidade ambiental percebida.

Problemas como chuvas intensas e torrenciais, inundações, queda de morros, ventania em determinados locais, assim como instabilidade climática são causas do efeito criado pela alta densidade populacional e das transformações ambientais.

A poluição é muito freqüente em grandes cidades poluição do ar por produtos da combustão de combustíveis fósseis, contaminação das águas, por resíduos químicos, esgoto industrial e doméstico etc., poluição do solo causado por lixo urbano e industrial, resíduos despejados etc. , poluição sonora de pessoas e máquinas, poluição visual causada por propagandas, prédios etc. poluição térmica causadas pela pavimentação das vias públicas, prédios, equipamentos, pessoas etc.

Devido os problemas supracitados hoje as pessoas que habitam em grandes centros, adoecem muito mais que as que vivem na zona rural, tais doenças originadas não apenas pela vida estressante das grandes cidades, mas também pela péssima qualidade do ar, da água e da grande população de ratos e baratas que também fazem parte da presença desordenada do Homem.

Degradação Ambiental Urbana

Assim observa-se que a degradação ambiental urbana altera não apenas as condições climáticas locais, mas também agride o meio ambiente, poluindo-o de diversas formas e ao ser humano que nele habita resta conviver com um ambiente bastante inóspito e que muitas vezes pode levá-lo a doenças sérias e até a morte.

A arquitetura e o urbanismo devem considerar sempre fatores climáticos e ambientais para o projeto de residências, prédios ou cidades de forma a proporcionar não apenas conforto do espaço onde se convive e sim de todas as formas, térmico, lumínico, acústico da qualidade perceptível do ar, da água, do solo etc.

A arquitetura urbana não deve tornar a convivência em comunidades problema sérios aos seus habitantes.

Fonte: www.cabano.com.br

segunda-feira, 15 de junho de 2009







A esta altura, todos meus leitores devem estar sabendo do triste fim do vôo Air France 447, que ia do Rio de Janeiro para Paris na noite do dia 31 de maio de 2009.

Esse desastre tem uma nota triste já que foi o maior acidente aéreo da aviação civil brasileira, já que o vôo AF 447 levava 228 pessoas. Os trabalhos de resgate e identificação dos corpos e de recuperação dos destroços e das caixas-pretas prosseguem.


Aparentemente, o avião sofreu uma pane elétrica. Uma mensagem automática foi enviada pelo avião neste sentido, um pouco após o piloto ter reportado que enfrentava forte turbulência.

Dada a úlitma altitude e velocidade da aeronava em seu último contato, estima-se que o local da queda(*) esteja mais ou menos a 300 milhas do arquipélago de Fernando de Noronha. É mar alto. Mesmo descontando-se o fato de que provavelmente o piloto não teve controle da aeronave (pois não conseguiu emitir mais mensagens) e que um hipotético pouso forçado teria ocorrido a noite, em condições bastante adversas, pode-se dizer que não há qualquer esperança de existência de sobreviventes.

Há algumas hipóteses para a razão do acidente até o momento.

A primeira é a que vem à mente após o acidente da GOL: colisão com outra aeronave. Aparentemente alguns pilotos franceses estão considerando esta hipótese, mas ela me parece improvável até porque não há notícias de um outro avião desaparecido.

Outra é uma falha do equipamento conhecido como ADIRU – Air Data Inertial Reference Unit. Este equipamento é fundamental em um avião moderno, pois é ele quem supre os dados sobre velocidade do ar, altitude e referência inercial (posição e atitude) para o Sistema Eletrônico de Vôo por Instrumentos, que funciona como os olhos e ouvidos do piloto. Sabe-se que foi uma falha nesse instrumento que quase fez cair um A330 da Qantas em outubro do ano passado, em um acidente que se imaginou inicialmente tratar-se de um evento de CAT (Clear Air Turbulence, turbulência de céu claro), que pode ter causado os distúrbios verificados em um vôo da TAM mês passado. Nesse caso, o vilão seria a Airbus.

Outra ainda é a de um fenômeno conhecido como “positive lightning“, onde, contrariamente às descargas atmosféricas mais comuns, há uma descarga de sinal positivo indo em direção ao solo. Esse tipo de descarga é bem menos comum _ estima-se em 5% das descargas _ e tem o inconveniente de ser cerca de 10 vezes mais energético que uma descarga comum, formando fortes pulsos eletromagnéticos. Temos uma descrição bastante direta dos danos que uma descarga pode causar em um avião neste relatório das autoridades britânicas acerca de destruição de um planador em 1999 que, acredita-se, foi causada por uma descarga positiva.
A Ilha brasileira na cartografia dos Séculos XVI e XVII


por Cláudio Luiz Zanotelli[1]



As potências colonizadoras comandadas por reis e monarcas pretendiam se apossar das populações, das terras e dos produtos das regiões extra-européias. Para tanto a diplomacia, a elaboração de tratados e as “descobertas” não eram os únicos expedientes utilizados. A cartografia serviu, e muito, para consolidar possessões, conquistar terras e povos e legitimar o poder arbitrário dos colonos sobre o “Novo Mundo”.

É sobre este aspecto do “achamento” e da construção do Brasil que gostaríamos de chamar a atenção. A Cartografia é um instrumento de base para a Geografia e esta disciplina alcançou, sem dúvida, um progresso importante depois do Renascimento por causa de sua importância estratégica para os poderes constituídos. Aliás, os navegadores, os viajantes, os enviados pelas coroas européias ao “Novo Mundo”, através de seus relatos e mapas fantasiosos ou não, são geógrafos! Geógrafos, às vezes, do fantástico!

O Mito da Ilha Brasil, como vimos, data de antes do achamento do Brasil. Este mito, juntamente com outros relatos fantásticos sobre o paraíso que seria o Brasil, contribuiu para a consolidação geopolítica* do território brasileiro.

O Estado lusitano operou pela instrumentalização de um mito geográfico: a Ilha-Brasil, dando a entender, segundo os documentos cartográficos, que existiria um lago no centro do território brasileiro por onde estariam em comunicação os rios da bacia do Amazonas e da Bacia do Prata (veremos exemplos mais abaixo destes mapas).

Segundo a interpretação do historiador e diplomata Jaime Cortesão (História do Brasil nos Velhos Mapas, 1965, Rio de Janeiro, Instituto Rio Branco), a cartografia portuguesa sobre o Brasil refletiu a lenda de uma entidade territorial isolada, envolvida pelas águas de 2 grandes rios, cujas fontes situam-se em um lago unificador (como veremos na figura mais adiante).

O Brasil-Ilha na cartografia e nas bandeiras do século XVI e XVII era, de um lado, uma adaptação das visões lusitanas idílicas (a busca do paraíso, de uma terra onde todos seriam felizes e onde haveria abundância) da idade média aos interesses expansionistas lusitanos deste mito. De outro lado, era também, uma operação geopolítica e simbólica levada a cabo pelo expansionismo colonial português inscritas na natureza: uma ilha envolta pelos rios Amazonas e Prata com um lago comum no centro do território. Esta Geopolítica se servia, também, das imprecisões cartográficas da época para se legitimar.

Isto permitiria uma consolidação do território do Brasil mesmo se ele fosse além dos limites do famoso Tratado de Tordesilhas (o que era o caso da cartografia da época), pois os limites de uma ilha, são inquestionáveis, ninguém pode, segundo esta visão, colocar em dúvida que uma Ilha tem uma unidade própria, pelo fato dela ser cercada de água de todos os lados.

Sobre esta ilha-mítica e obedecendo a interesses de conquista - se inseriam as culturas indígenas, principalmente o Tupi (a língua Geral) que ajudou a delimitar os territórios do Brasil, sendo, assim, um laço unificante do Estado colonial.

Os mapas, neste contexto, constituem mais que representações do que se vê, eles são, até certo ponto, reflexos do que se quer ver. O Geógrafo alemão Alexander Von Humboldt já dizia que as cartas geográficas exprimem opiniões e conhecimento mais ou menos limitados, de quem as projetou. A formação do mito do Brasil como uma Ilha favoreceu as disputas pela conquista do território nos séculos XVI e XVII.

O Mapa-múndi de Bartolomeu Velho, 1561, representa um lago unificador onde nascem o Rio Paraná, o Rio São Francisco e um outro rio desembocando na foz do Amazonas, o lago é denominado Alagoado Eupaná (Ver mapa), o Meridiano de Tordesilhas no referido mapa delimita a Ilha Brasil onde se encontram escudos portugueses tentando assegurar a posse destas terras. Assim, o meridiano de Tordesilhas passava por estas representações mais à Oeste (a ocidente onde se põe o sol), a estratégia embutida aí é a da consolidar a posse da “Ilha”, das fozes dos rios Amazonas e Prata, tentando colocá-las dentro do domínio reservado aos portugueses pelo Tratado de Tordesilhas. De fato o meridiano de Tordesilhas passava a Leste, onde nasce o sol, das fozes do Amazonas e do Rio da Prata.



Mapa - Múndi: Bartolomeu Velho 1561

Fonte: Mapas históricos brasileiros.Prancha 16. São Paulo. Abril Cultural, 1969, Fac-símile, Mapoteca do Ministério das Relações Exteriores. Rio de Janeiro. Reproduzido in MAGNOLI, Demétrio. O corpo da Pátria. São Paulo, Ed. Unesp, 1997, p.298.



Podemos, também, ver a Ilha-Brasil em outros mapas, particularmente no mapa-mundi português de Lopo Homem-Reineis de 1519 (ver mapa).



Mapa de Lopo Homem-Reineis (1519)

Fonte: Mapa-mundi português, c. 1519- Carta de Lopo Homem Reineis in Portugaliae Monumenta Cartográfica, vol. 1 Atlas Miller, Paris, Biblioteca Nacional. In a Descoberta do Homem e do Mundo, Org. Adauto Novaes. São Paulo, Companhia das Letras, 1998.



Outros mapas que reafirmam esta interpretação do Brasil como uma Ilha são os mapas da América do Sul, feito por Diogo Homem, de 1558, bem como o mapa de João Teixeira Albernás de 1640.

Nessa época (séculos XVI e XVII) fazia-se muitos mapas das terras Brasis, todos inspirados pela noção de Ilha Brasil e de um lago no centro do continente: um lago dourado (os Lagos Parima e Eupana) onde se esperava, existiria muitos metais e pedras preciosas: velho mito do El Dourado perseguido por viajantes e aventureiros de toda espécie, notadamente pelos nossos bandeirantes.

As observações dos jesuítas na primeira metade do século XVIII acrescentam informações preciosas sobre a América do Sul, eliminando inúmeras lendas, dentre elas os mitos da representação do Brasil como uma ilha e a existência de um lago no centro da América Equatorial (o Lago Parima ou Eupaná). A presença do lago mítico desaparece, assim, dos levantamentos dos padres jesuítas (Cf. A Amazônia na França, 1989).

As representações do Brasil como uma Ilha, além de obedecerem aos desejos estratégicos portugueses e estarem submetidas a visões fantasiosas, reafirmavam o princípio de uma só terra e um só país, lançando as bases das fronteiras naturais, aquelas que são inquestionáveis porque estão nas aparências das coisas. No nosso caso são as bacias dos rios e o famoso lago. Esse estabelecimento material dos limites do Brasil, associado a um país de bonança, de aventura e aberto a toda exploração, determinou, em parte, a imagem do Brasil e suas representações de país arquipélago, pela própria forma dos enclaves de exploração coloniais instalados na costa.



--------------------------------------------------------------------------------

[1] Professor do curso de Geografia da UFES.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Os movimentos das águas dos mares e oceanos




Grande parte do planeta Terra é composta por águas, com superioridade para as águas oceânicas. Os oceanos são gigantescas massas de água salgada que não permanecem paralisadas, pelo contrário, movimentam o tempo todo. Dentre os diversos movimentos, os de maior destaque são as ondas, as marés e as correntes marítimas.

As ondas são formadas a partir da influência eólica (vento), que sopra sobre a superfície das águas oceânicas, forçando o movimento. No momento em que as ondas se aproximam do litoral, a profundidade tende a diminuir, desse modo, elas se dobram e quebram em áreas de praias ou rochedos. As maiores ondas ocorrem em regiões de mar aberto, neste quesito o lugar que apresenta as mais elevadas do mundo é no Havaí, onde elas chegam a superar os 10 metros de altura.

Outro movimento conhecido dos oceanos são as marés. As mesmas sucedem todos os dias, as marés correspondem ao vai e vem das águas em relação ao litoral. O fenômeno em questão surge a partir da influência dos astros, Sol e Lua, que provocam uma força de atração sobre a Terra. Quando as águas se encontram em um nível mais elevado em relação ao litoral, chamamos de maré alta e quando o mesmo diminui, denominamos de maré baixa. A dinâmica de avançar e recuar das águas ocorre periodicamente a cada seis horas. Quando as águas se encontram em um nível mais elevado, o fenômeno é chamado de cheia ou fluxo. Já, quando se dá a diminuição do nível das águas, é denominado de refluxo ou vazante.

Prof. Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

sábado, 30 de maio de 2009

Urbanização no Brasil e no Mundo...

Problemas das cidades do Brasil...São muitos...

Gates diz que EUA responderão à ameaça nuclear norte-coreana

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, afirmou neste sábado, em Cingapura, que seu país reagirá rapidamente caso os EUA ou qualquer um de seus aliados na região sejam ameaçado pelo poder nuclear da Coréia do Norte.

"Não ficaremos sem tomar atitudes enquanto a Coréia do Norte coloca em prática sua capacidade de causar destruição a qualquer alvo na região ou a nós (os EUA)", afirmou Gates, durante um encontro com autoridades de Defesa de países asiáticos.

O secretário de Defesa americano afirmou ainda que os EUA "não aceitarão" a Coreia do Norte como um Estado com poder nuclear.

"A política dos Estados Unidos não mudou. Nosso objetivo é uma completa e verificável desnuclearização da península coreana. Não aceitaremos a Coréia do Norte como um Estado que tenha armas nucleares". Segundo Gates, o recente teste nuclear e os lançamentos de mísseis por parte do governo de Pyongyang representam uma ameaça à estabilidade da região e podem levar a uma "corrida armamentista".

"Eu penso que isto pode levar a algum tipo de corrida armamentista nesta região", disse.

"A verdade é que, se eles continuarem neste caminho, eu acho que a consequências para a estabilidade da região são significativas".

Apesar das palavras duras, no entanto, Gates afirmou acreditar em uma solução política para a crise.

"Tentaremos interromper estes programas (nucleares) de modo pacífico, antes que eles realmente se transformem em uma ameaça clara e presente não apenas para os EUA, mas para outros países da região".

Segundo o correspondente da BBC na Ásia, Jonathan Head, o discurso de Gates provavelmente pretende mostrar aos aliados dos EUA na Ásia que o governo do presidente Barack Obama está comprometido em apoiá-los.

Antes do discurso de Gates, autoridades de Defesa em Washington afirmaram que fotos de satélites americanos mostraram atividades de veículos no local usado como base de lançamentos de mísseis de longo-alcance pela Coréia do Norte.

Embora estas atividades tenham levantado suspeitas, um oficial do Pentágono afirmou à BBC que já foram registradas atividades do tipo em outras ocasiões, sem que mísseis fossem lançados.

Nesta sexta-feira, o governo de Pyongyang lançou um míssil de pequeno alcance em sua costa leste e ameaçou "se defender" caso o Conselho de Segurança das Nações Unidas decida impor sanções por causa do teste nuclear do início da semana.


Fonte: BBC Mundo - BBC MUNDO.com

sexta-feira, 22 de maio de 2009

SÓ DÊ OUVIDOS A QUEM TE AMA

Só dê ouvidos a quem te ama. Outras opiniões, se não fundamentadas no amor, podem representar perigo. Tem gente que vive dando palpite na vida dos outros. O faz porque não é capaz de viver bem a sua própria vida. É especialista em receitas mágicas de felicidade, de realização, mas quando precisa fazer a receita dar certo na sua própria história, fracassa.

Tem gente que gosta de fazer a vida alheia a pauta principal de seus assuntos. Tem solução para todos os problemas da humanidade, menos para os seus.Dá conselhos, propõe soluções, articula, multiplica, subtrai, faz de tudo para que o outro faça o que ele quer.

Só dê ouvidos a quem te ama, repito. Cuidado com as acusações de quem não te conhece. Não coloque sua atenção em frases que te acusam injustamente. Há muitos que vão feridos pela vida porque não souberam esquecer os insultos maldosos. Prenderam a atenção nas palavras agressivas e acreditaram no conteúdo mentiroso delas.
Há muitos que carregam o fardo permanente da irrealização porque não se tornaram capazes de esquecer a palavra maldita, o insulto agressor. Por isso repito: só dê ouvidos a quem te ama. Não se ocupe demais com as opiniões de pessoas estranhas. Só a cumplicidade e conhecimento mútuo pode autorizar alguém a dizer alguma coisa a respeito do outro.

Ando pensando no poder das palavras. Há palavras que bendizem, outras que maldizem. Descubro cada vez mais que Jesus era especialista em palavras benditas. Quero ser também. Além de bendizer com a palavra, Ele também era capaz de fazer esquecer a palavra que amaldiçoou. Evangelizar consiste em fazer o outro esquecer o que nele não presta, e que a palavra maldita insiste em lembrar.

Quero viver para fazer esquecer... Queira também. Nem sempre eu consigo, mas eu não desisto. Não desista também. Há mais beleza em construir que destruir.

Repito: só dê ouvidos a quem te ama. Tudo mais é palavra perdida, sem alvo e sem motivo santo.

Só mais uma coisa. Não te preocupes tanto com o que acham de ti.Quem geralmente acha não achou nem sabe ver a beleza dos avessos que nem sempre tu revelas.

O que te salva não é o que os outros andam achando, mas é o que Deus sabe a teu respeito.

Padre Fábio de Melo
.

terça-feira, 19 de maio de 2009



"As mais importantes revoluções na história da ciência tiveram como seu tema comum [...] o sucessivo destronamento da arrogância humana de um pilar após o outro de sua antiga segurança cósmica. [...] Uma vez pensamos que vivíamos no centro de um universo limitado, até que Copérnico, Galileu e Newton identificaram a Terra como um pequeno satélite de uma estrela marginal. Então nos confortamos com a idéia de que Deus tinha, entretanto, escolhido este local periférico para criar um organismo único à Sua imagem – até que Darwin chegou e ‘relegou-nos a descender do mundo animal’." Stephen Jay Gould

segunda-feira, 4 de maio de 2009

ENERGIA

Pré-sal aumenta poder do Brasil no mundo, diz Lula na 1ª extração

Por: Daniel Gonçalves (Direto do Rio de Janeiro)

Na cerimônia que marcou a extração do primeiro óleo da camada pré-sal do campo de Tupi, realizada nesta sexta-feira(01/05/2009), no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que a descoberta da reserva e o início de sua exploração aumentam o poder do Brasil no cenário mundial.
O campo de Tupi foi o primeiro a ser descoberto na área do pré-sal da Bacia de Santos e a maior reserva já descoberta no País - com potencial de óleo recuperável entre 5 a 8 bilhões de barris de petróleo - praticamente a metade das reservas provadas de óleo do Brasil, hoje de cerca de 14 bilhões de barris.
"Isso coloca o brasileiro com uma respeitabilidade maior do que um país com pouco petróleo e permite que a Petrobras se afirme muito mais como primeira empresa no mundo a aperfeiçoar tecnologia de prospecção de petróleo em águas profundas", disse Lula.
O presidente falou ainda que quando a Petrobras, num dia de força simbólica como o 1º de maio, apresenta ao mundo a tirada do primeiro barril de petróleo do pré-sal, "isso tem um significado incomensurável".
"É um momento histórico para este País. A gente precisava vivenciá-lo, porque é uma nova era e nem sabemos tudo o que tem lá embaixo e o que vamos enfrentar de adversidades para poder explorar esse petróleo", complementou o presidente.
Após dizer que não tem pressa em entrar na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o presidente comentou que o Brasil deve estabelecer com urgência um novo marco regulatório para a indústria do petróleo, que permita ao Estado tirar mais proveito de sua riqueza.
O político concluiu seu discurso dizendo que o pré-sal é, além de a "segunda independência do Brasil", uma oportunidade de aumentar os investimentos e as pesquisas para o desenvolvimentos de novas tecnologias para a exploração e extração de petróleo, o que coloca o País numa posição estratégica entre as nações no que diz respeito à geração de riquezas.
Em tom irreverente, diante das autoridades que acompanharam o cerimonial, realizado na Marina da Glória, o presidente também entregou um recipiente com óleo extraído da reserva ao vice-presidente da República, José Alencar, dizendo que simbolizada um troféu.

Ter Amigos Pode Prolongar a Vida...

por Tara Parker-Pope (Estados Unidos)

Na busca por melhor saúde, muita gente recorre a médicos, livros de auto-ajuda ou suplementos de ervas. Mas essas pessoas desconsideram uma arma poderosa que poderia ajudá-los a combater doenças e depressões, acelerar curas, retardar o envelhecimento e prolongar sua vida: os amigos.
Os pesquisadores só agora estão começando a prestar atenção à importância da amizade e das redes sociais para a saúde. Um estudo australiano com 10 anos de duração constatou que pessoas mais velhas com um círculo mais extenso de amizades tinham 22% menos chance de morrer durante o período de estudo do que aquelas com menos amigos. Um grande estudo de 2007 demonstrou que o risco de obesidade é quase 60% mais alto entre as pessoas cujos amigos ganharam peso. E no ano passado, pesquisadores na Universidade Harvard reportaram que fortes laços sociais podem promover uma melhor saúde cerebral à medida que envelhecemos.
"Em termos gerais, o papel da amizade em nossas vidas não é muito bem apreciado", disse Rebecca Adams, professora de sociologia na Universidade da Carolina do Norte, em Greenboro. "Existem montanhas de material sobre famílias e casamento, mas muito pouco sobre amizade. Isso me intriga. A amizade tem maior impacto sobre nosso bem-estar psicológico do que as relações familiares".
Em um novo livro, Jeffrey Zaslow conta a história de 11 mulheres que foram amigas na infância, em Iowa, e posteriormente se afastaram, terminando por viver em oito Estados diferentes. A despeito da distância, a amizade entre elas perdurou durante a universidade, casamentos, divórcios e outras crises, entre as quais a morte de uma das integrantes do grupo antes dos 30 anos de idade.
Usando álbuns de recortes e fotos e as recordações que lhe foram narradas pelas mulheres, Zaslow relata como a amizade fervorosa que as unia ajudou a ditar o rumo de suas vidas e sempre as ajudou a perseverar. O papel da amizade para a saúde e o bem-estar do grupo é evidente em quase todos os capítulos.
Duas das amigas descobriram recentemente que sofrem de câncer de mama. Kelly Zwagerman, agora professora de segundo grau em Northfield, Minnesota, disse que quando recebeu o diagnóstico da doença, em setembro de 2007, o médico recomendou que ela se cercasse da família. Em lugar disso, ela procurou a ajuda de suas amigas de infância ainda que vivessem bem longe.
"As primeiras pessoas a quem contei a respeito foram minhas amigas de Ames", ela revelou em entrevista. "Eu mandei e-mails a elas. Imediatamente recebi e-mails e telefonemas com mensagens de apoio. O amor que todas elas demonstraram foi instantâneo".
Quando ela se queixou de que o tratamento por que estava passando havia causado feridas dolorosas em sua garganta, uma das amigas de Ames lhe enviou uma máquina que faz vitaminas e receitas. Outra, que havia perdido uma filha para a leucemia, mandou a Zwagerman um gorro de tricô, porque sabia que ela sentiria frio na cabeça, depois de perder os cabelos. Outra das amigas lhe enviou pijamas feitos de um tecido especial para ajudá-la a suportar os suores noturnos.
Zwagerman disse que muitas vezes se sentia mais confortável discutindo a doença com as velhas amigas do que com o médico. "Nós nos conhecemos há tanto tempo que posso falar com elas sobre qualquer coisa", ela disse. Zwagerman diz que suas amigas de Ames são um fator essencial para seu tratamento e recuperação, e as pesquisas confirmam suas impressões.
Em 2006, um estudo envolvendo cerca de três mil enfermeiras portadoras de câncer de mama constatou que as mulheres sem amigos próximos apresentavam incidência de morte quatro vezes mais alta, pela doença, do que as mulheres que contam com bons amigos. E, notavelmente, a proximidade e a freqüência de contato com os amigos não apresentavam associação com os índices de sobrevivência. Simplesmente ter amigos oferece proteção.
Bella DePaulo, professora visitante de psicologia na Universidade da Califórnia em Santa Barbara, cujo trabalho se concentra em pessoas solteiras e amizades, apontou que em diversos estudos a amizade tem um efeito superior sobre a saúde do que a presença de um cônjuge ou familiar.
No estudo de enfermeiras portadoras de câncer de mama, ter ou não um cônjuge não apresenta associação com os índices de sobrevivência.
Embora muitos dos estudos sobre amizade se concentram no relacionamento estreito entre mulheres, algumas pesquisas demonstram que os homens também podem se beneficiar.
Em um estudo de seis anos de duração envolvendo 736 homens suecos de meia-idade, um relacionamento afetivo com uma única pessoa não parecia afetar o risco de ataques cardíacos e doenças coronárias fatais, mas ter amigos fazia diferença. Apenas o fumo era um fator de risco tão forte quanto a falta de apoio social.
Não está inteiramente claro por que a amizade tem um efeito tão forte. Embora amigos possam fazer pequenos serviços e apanhar medicamentos para uma pessoa doente, os benefícios vão além da assistência física; de fato, a proximidade nem parece influenciar.
Pode ser que as pessoas com fortes conexões sociais também disponham de acesso melhor a serviços de saúde e assistência. Mas, para além disso, a amizade também tem profundo efeito psicológico. As pessoas com amizades fortes costumam apresentar menor incidência de resfriados do que as demais, talvez porque sofram de níveis mais baixos de estresse.
No ano passado, pesquisadores estudaram 34 alunos da Universidade da Virgínia, aos quais conduziram em passeio ao sopé de uma colina íngreme. Quando chegaram lá, cada um colocou uma mochila carregada nos ombros. Alguns dos participantes fizeram o percurso com amigos, e outros sozinhos. No sopé da colina, com a mochila nas costas, eles foram convidados a avaliar o quanto a encosta era íngreme.
Os universitários que fizeram a caminhada acompanhados por amigos estimaram que a colina fosse menos íngreme. E quanto mais antiga a amizade entre as pessoas de cada grupo, menos íngreme a colina lhes parecia.
"As pessoas com redes de amizade mais fortes sentem que existe alguém a quem podem recorrer", diz Karen Roberto, diretora do centro de gerontologia da Universidade de Tecnologia da Virgínia. "A amizade é um recurso subestimado. A mensagem consistente de todos esses estudos é a de que amigos tornam a vida melhor".

NOVO PLANETA PODERIA ABRIGAR VIDA

por Kate Ravilious (Estados Unidos)

Talvez um visitante não viesse a se sentir exatamente em casa. Mas o planeta conhecido como Gliese 581d tem muito mais em comum com a Terra do que os astrônomos imaginavam inicialmente. Novas medições sobre a órbita do planeta o colocam firmemente em uma região na qual as condições seriam propícias à presença de água em forma líquida e, assim, de vida tal qual a conhecemos, afirmou o astrônomo Michel Mayor, da Universidade de Genebra, Suíça, em anúncio recente.
"O planeta está na zona habitável (que sustenta vida), e pode ser que exista um oceano em sua superfície", disse Mayor durante a Semana Européia de Astronomia e Ciência Espacial, uma conferência realizada na Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido. Descoberto em 2007, o Gliese 581d teve sua posição inicialmente calculada como distante demais de sua estrela - o que o tornaria frio demais - para sustentar um oceano.
Mas Mayor e seus colegas agora acreditam ter descoberto um quarto planeta orbitando o Sol do sistema solar Gliese 581 - e se trata do mais leve dos exoplanetas até agora identificados. O astro, conhecido como Gliese 581e, tem massa duas vezes maior que a da Terra e é o mais próximo do Sol, completando uma órbita em 3,15 dias.
"Isso reduz o fator de massa (do exoplaneta mais leve conhecido) a menos da metade. O exoplaneta mais leve entre os anteriormente identificados tinha massa cinco vezes superior à da Terra", afirmou Andrew Collier Cameron, astrônomo da Universidade de St. Andrews, no Reino Unido, que não participou da descoberta.
Vizinho próximoO Gliese 581 é um sol anão vermelho que integra a constelação da Libra, e fica a cerca de 20,5 anos-luz da Terra. "Em termos astronômicos, é um dos nossos vizinhos mais próximos, o 87° na ordem de distância com relação ao Sistema Solar", afirmou Carole Haswell, astrônoma da Universidade Aberta de Milton Keynes, no Reino Unido.
Porque os planetas que orbitam Gliese 581 estão distantes demais para permitir observação direta, Mayor e seus colegas avistaram o Gliese 581d originalmente ao identificar pequenas oscilações no movimento da estrela do sistema, utilizando o telescópio do Observatório Meridional Europeu (ESO), em La Silla, Chile. Com massa equivalente a sete vezes a da Terra, o Gliese 581d não deve ser feito exclusivamente de rochas, acredita a equipe de pesquisadores que o identificou.
"A essa altura só podemos especular, mas é possível que o planeta tenha um núcleo rochoso encapsulado em uma camada de gelo, com um oceano em forma líquida na superfície e uma atmosfera", afirmou Mayor. Enquanto isso, o muito menor e mais leve Gliese 581e "provavelmente não parece muito diferente da Terra, se excetuarmos a temperatura provavelmente muito alta, já que ele se localiza bem perto do sol do sistema", disse Andrew Norton, outro astrônomo da Universidade Aberta.
"É muito animador que um candidato tão promissor entre os planetas assemelhados à Terra tenha sido descoberto a distância tão curta de nós; isso significa que a probabilidade de que muitos mais planetas semelhantes existam será maior quando estendermos o alcance de nossas buscas". E quanto mais planetas semelhantes à Terra existirem, maior a chance de descobrir que um deles abriga vida.
"Creio que seja apenas questão de tempo", disse Norton. "Se de fato existir vida em qualquer outro lugar do universo, então dentro de 10 a 15 anos espero que seja possível perceber seus primeiros sinais, por meio de sinais espectroscópicos dos exoplanetas".

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Dúvidas sobre a gripe suína (tá na mídia)...








O que é a gripe suína?

É uma doença respiratória que atinge porcos causada pelo vírus influenza tipo A, que tem diversas variantes. Algumas das mais conhecidas são a H1N1, a H2N2 e a H3N2.
O atual surto, que teve início na América do Norte, é provocado por uma versão mutante do vírus H1N1 capaz de infectar humanos e se propagar de pessoa para pessoa.

Quão perigosa é a gripe suína?


Os sintomas da gripe suína em humanos parecem ser semelhantes aos produzidos por gripes comuns, sazonais. Esses sintomas incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores pelo corpo, sensação de frio e fadiga. A maioria dos casos registrados até agora no mundo parecem ser brandos, mas no México foram registradas várias mortes.

Esta doença no México é um novo tipo de gripe suína?


A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou que alguns dos casos registrados são formas não conhecidas da variedade H1N1do vírus Influenza A.
Ele é geneticamente diferente do vírus H1N1 que vem atacando humanos nos últimos anos e contém DNA associado aos vírus que causam as gripes aviária, suína e humana, incluindo elementos de viroses europeias e asiáticas.
Os vírus da gripe têm a capacidade de trocar componentes genéticos uns com os outros, e parece provável que a nova versão do H1N1 resultou de uma mistura de diferentes versões do vírus, que podem normalmente afetar espécies diferentes no mesmo animal hospedeiro. Os porcos normalmente oferecem uma condição boa para que esses vírus se misturem.

O quanto as pessoas devem se preocupar?


Quando um novo tipo de vírus da gripe aparece e adquire a capacidade de ser transmitido de pessoa para pessoa, é monitorado de perto para verificar seu potencial de gerar uma epidemia global, ou pandemia. A Organização Mundial da Saúde advertiu que, considerados em conjunto, os casos no México e nos Estados Unidos podem gerar uma pandemia e afirma que a situação é séria.
Porém os especialistas dizem que ainda é muito cedo para avaliar completamente a situação. Atualmente, eles dizem que o mundo está mais perto de uma pandemia do que em qualquer época após 1968.
Ninguém conhece todo o impacto potencial de uma pandemia, mas especialistas advertem que poderia custar milhões de vidas em todo o mundo.
A pandemia de gripe espanhola, iniciada em 1918 e também causada por um tipo de vírus H1N1, matou 50 milhões e infectou 40% da população mundial. Mas o fato de que em todos os casos registrados nos Estados Unidos os sintomas eram leves pode ser encorajador.
Isso sugere que a gravidade do foco no México pode ser resultante de algum fator específico ligado à localização - possivelmente um segundo vírus não relacionado que circula na comunidade. Outra hipótese é de que as pessoas infectadas no México podem ter buscado tratamento num estágio posterior da doença.
Também pode ser o caso de que a forma do vírus circulando no México seja ligeiramente diferente da registrada em outros lugares, mas isso só poderá ser confirmado por análises de laboratório.
Também há a esperança de que, como os seres humanos são normalmente expostos a formas do H1N1 por meio de gripes sazonais, nossos sistemas imunológicos já estão preparados para combater a infecção.
Porém o fato de que muitas das vítimas serem jovens aponta para algo incomum. As gripes sazonais normais tendem a afetar mais os idosos ou os bebês.

O vírus pode ser contido?


O vírus parece já ter começado a se espalhar pelo mundo, e muitos especialistas acreditam que a sua contenção, numa era de viagens aéreas fáceis, deverá ser muito difícil.

A gripe suína pode ser tratada?


As autoridades americanas dizem que duas drogas geralmente usadas para tratar casos de gripe, Tamiflu e Relenza, se mostraram úteis no tratamento de casos que aconteceram até agora.
Porém esses remédios devem ser ministrados nos estágios iniciais da doença para terem efeito. O uso desses medicamentos também torna mais difícil que pessoas infectadas passem o vírus para outros.
Ainda não está claro que efeito as atuais vacinas podem ter para oferecer proteção contra o novo tipo do vírus, já que ele é geneticamente diferente de outros tipos.
Uma vacina foi desenvolvida em 1976 para proteger os seres humanos de um tipo de gripe suína. Porém a vacina provocou efeitos colaterais graves, com mais mortes por causa da vacina do que por causa do foco de gripe.
O que eu devo fazer para me proteger? Qualquer pessoa com sintomas de gripe e que podem ter tido contato com o vírus da gripe suína, como aqueles que moram em áreas afetadas do México ou viajaram para o país, devem procurar ajuda médica. Mas os pacientes não devem ir a clínicas médicas, para evitar transmitir a doença para outras pessoas. Em vez disso, elas devem ficar em casa e contactar seus serviços de saúde para receber recomendações.
Nesta segunda-feira, a União Europeia recomendou aos seus cidadãos que evitem viajar às áreas afetadas pela doença.

Que medidas podemos tomar para evitar a infecção?


Evite contato com pessoas que parecem não estar bem e que tenham febre e tosse. Medidas comuns para se evitar infecções e de higiene manual podem ajudar a reduzir a transmissão de viroses, incluindo a gripe suína em humanos.
Estas medidas podem ser simples como cobrir a boca e o nariz quando tossindo ou espirrando, usar um lenço de papel quando possível e jogando-o fora logo após o uso. É importante também lavar as mãos frequentemente com água e sabão para evitar que o vírus se propague de suas mãos para a face ou para outra pessoa. Outra providência é limpar a maçaneta de portas com frequência, usando produtos normais de limpeza. Ao cuidar de uma pessoa gripada, o uso de máscara cobrindo o nariz e a boca diminui o risco de transmissão.

É seguro comer carne de porco?


Sim, não há evidência de que a gripe suína pode ser transmitida ao se comer carne de animais infectados.
Mas é essencial que a carne tenha sido cozida direito. Uma temperatura acima de 70°C mataria o vírus.

E a gripe aviária?


O tipo de vírus da gripe aviária responsável pela morte de algumas centenas de pessoas no sul da Ásia nos últimos anos é diferente do da gripe suína. O vírus da atual gripe suína é o H1N1 e o da gripe aviária é oH5N1. Especialistas temem que o H5N1 tem o potencial de gerar uma pandemia por causa de sua capacidade de mutação rápida. Mas até agora, ela permanece de forma geral uma doença de pássaros. Os humanos infectados, sem excessão, trabalhavam em contato próximo com pássaros e casos de transmissão entre humanos são extremamente raros. Não há indícios de que o H5N1 tem a habilidade de ser transmitido facilmente de uma pessoa à outra.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Brics não estão prontos para capitalizar o FMI...

Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC) concordaram nesta sexta-feira que não irão colocar recursos no Fundo Monetário Internacional (FMI), a menos que o órgão desenvolva instrumentos mais flexíveis que dêem mais poder a esses países em desenvolvimento, os chamados Brics, disse o ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega.
Uma esperada reforma no sistema de cotas do FMI é o objetivo final das nações Brics, mas instrumentos provisórios podem ser usados para capitalizar o fundo no curto prazo, disse Mantega, após encontro com o grupo dos Brics em Washington.
Entre esses instrumentos está a emissão de bônus pelo FMI. A linha de crédito existente, conhecida como New Agreement to Borrow (NAB), também poderá ser usada se for reformada de modo a permitir que os emergentes tenham palavra sobre o uso do dinheiro.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

EUA querem distanciar Venezuela do Irã...

O aperto de mãos de Barack Obama e Hugo Chávez na Cúpula das Américas marcou o início de uma tentativa dos Estados Unidos de "distanciar" o presidente venezuelano de influências de países como o Irã, indicou nesta quarta-feira a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.
"Vamos ver se há uma oportunidade de distanciar o presidente Chávez dessas influências" de países que não são amigos dos Estados Unidos, indicou Hillary durante uma audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes no Congresso americano.
"É um assunto sério (...) se algum país em nosso continente ficar sob a influência do Irã ou de algum outro que não seja simpático aos nossos interesses", disse a secretária de Estado, ao lembrar que os Estados Unidos compram uma grande quantidade de petróleo da Venezuela.
"Vejamos se podemos começar a mudar essa relação. Pode ou não ser possível. O aperto de mãos não foi o fim de nada, e sim o começo para vermos se isso pode ser alcançado", afirmou Hillary.
Chávez e Obama se cumprimentaram e conversaram descontraidamente em várias ocasiões durante a Cúpula realizada em Trinidad no final de semana passado, situações que desencadearam críticas nos Estados Unidos sobre a política de Obama com países que não são aliados de Washington.
Irã e Venezuela reforçaram suas relações nos últimos anos, com a assinatura de dezenas de acordos de cooperação.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, acusou em janeiro o governo iraniano de realizar "atividades subversivas" na América Latina, particularmente nas Américas do Sul e Central.

Iniciando meus trabalhos geográficos

Hoje, 22 de abril de 2009 está entrando no ar um dos Blogs mais loucos e legais da Net...vamos discutir Geografia e outros assuntos interessantes e divertidos....participem...