segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Estudo mostra que grandes deltas de rios estão afundando.

Deltas de rios no mundo podem estar cada vez mais vulneráveis à atividade humana, concluiu um estudo liderado pela Universidade do Colorado, em Boulder (EUA). 85% dos deltas existentes passaram por severas enchentes recentemente.



Em 2007, o Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudanças Climáticas já havia concluído que deltas de rios estão ameaçados em razão das projeções do aumento do nível do mar. A consequência direta seria grandes inundações colocando em risco cerca de 500 milhões de pessoas que hoje, vivem próximas à foz de rios. Entretanto, o novo estudo indica que outros fatores estão contribuindo para afundar de maneira significativa deltas de rios no planeta, além das alterações climáticas globais.

Foz de rios na Ásia e na Índia estão sofrendo ações diretas de sedimentos depositados de reservatórios e barragens, causados pela extração de água subterrânea e gás natural.

O estudo que 24 de 33 grandes deltas no mundo tiveram graves inundações nos últimos anos, resultado do depósito de aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados de terra.

Autores do estudo alertam que a inundação de deltas no mundo poderia aumentar em 50% as atuais projeções do aumento do nível do mar em cerca de 18 cm até o final do século.

A inundação irá aumentar caso os sedimentos por barragens e outros projetos de desvio de água persistir, diz o estudo. "Este estudo mostra que há uma série de fatores induzidos pelo homem, que já causa a inundação de deltas muito mais rapidamente do que poderia ser explicado pelo nível do mar sozinho”, afirma Albert Kettner, co-autor do estudo.

O trabalho foi publicado neste domingo (20) pela revista Nature Geoscience.

Foto: Imagem capturada pelo ônibus espacial Endeavour mostra o delta do rio Pearl, na China, com as áreas abaixo do nível do mar destacadas na cor púrpura. Crédito: NASA, CSDMS, University of Colorado.


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

CAMADA DE OZÔNIO

O buraco da camada de ozônio sobre o oceano antártico (na imagem, com a cor azul escura) deve ser menor em 2 milhões de km² em relação a 2008














16 de setembro de 2009
Foto: Nasa/Divulgação

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) indicou nesta quarta-feira que o buraco da camada de ozônio sobre o oceano antártico deve ser menor em 2 milhões de km² em relação a 2008. "As condições meteorológicas observadas indicam que, em 2009, o buraco da camada de ozônio pode ser menor do que era em 2006 e 2008 e igual ao de 2007 (ou seja, 25 milhões de km2)", destacou a agência da ONU em um comunicado.

O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida foi descoberto em 1980. Ele se forma regularmente a partir de agosto e alcança seu tamanho máximo no fim de setembro ou início de outubro, antes de se fechar novamente em meados de dezembro. "Este ano, o buraco começou a se abrir antes do habitual", segundo o especialista em ozônio da OMM Geir Braathen. Em 16 de setembro tinha 24 milhões de km2.

Segundo os cientistas, os danos causados pelo homem são tantos que a camada de ozônio só pode recuperar seu estado normal em 2075. O ozônio protege a Terra dos raios ultravioletas do sol, que podem provocar queimaduras, lesões oculares e câncer de pele.

Os principais responsáveis do buraco na camada de ozônio, os gases clorofluorocarbonetos (CFC) - que eram utilizados como refrigerantes e gás propulsor de aerosóis - foram proscritos pelo Protocolo de Montreal de 1987, mas podem permanecer na atmosfera durante muitos anos.